sábado, 30 de abril de 2011

A mais destruidora das armas de guerra é usada na Líbia: o estupro

Mulher vítima de uma série de estupros em massa que ocorreram na cidade de Fizi, no Congo. Ela é uma das quase cinquenta mulheres que foram violentadas por soldados congoleses só na noite de 1 de janeiro de 2011 (Pete Muller/AP)


Mulheres e crianças têm sido vítimas de abuso sexual coletivo pelas tropas do ditador. Infelizmente, está longe de ser a primeira vez na história da humanidade

“A psicologia é a seguinte: se você mata alguém no campo de batalha, o transforma em herói. E a honra que vem disso faz seus concidadãos mais fortes. Mas o estupro só traz humilhação. Você não acaba com vidas, destrói a alma de uma sociedade”

A paz controlada do hotel onde os jornalistas são confinados pelo governo da Líbia foi interrompida em uma tarde de março pelos brados de Iman al-Obaidi, uma jovem de 26 anos, originária da cidade de Bengasi. Com os cabelos expostos e desgrenhados, a estudante de Direito repetia, chorando: “Eu fui estuprada por 15 homens das tropas do (ditador Muamar) Kadafi”. As primeiras mãos que chegaram a ela, agressivas, foram justamente a de mulheres. As garçonetes da hospedaria taparam-lhe a boca, ameaçaram-na com uma faca e chamaram-na de “traidora da pátria”. Iman foi detida para que parasse de falar o que o regime não queria que o mundo soubesse. Chegou a ser chamada de “vagabunda” na TV líbia. Esse foi o preço pago pela primeira voz a denunciar os estupros coletivos que têm sido usados como arma de guerra pelo Exército do ditador.

Mais tarde, outras se juntaram a ela. O Centro Egípcio de Direitos Femininos lançou, na semana passada, um comunicado denunciando “casos de estupros coletivos de mulheres em diversas cidades líbias pelas forças de Kadafi”. E, quando o mundo acreditava que o show de horrores não poderia ficar pior, a ONG Save the Children reportou na última terça-feira que, depois de escutar os relatos de 200 crianças e 40 adultos, encontrou diversas evidências de que crianças a partir de oito anos foram abusadas sexualmente no país. “O mais preocupante é que apenas pudemos falar com um número limitado de crianças. O que estará acontecendo àquelas presas em Misrata e outras partes do país e que não tiveram voz?”, questionou Michael Mahrt, conselheiro da ONG.

A mais antiga das armas - Infelizmente, não é a primeira vez – e provavelmente não será a última – que estupros em massa são usados como estratégia de guerra. Essa é uma das armas mais antigas da humanidade. “As primeiras guerras foram, na verdade, estupros coletivos. Nas ‘tribos’ da Pré-História, eram os líderes quem mantinham relações sexuais com as mulheres do grupo. Os demais só podiam procriar quando ‘conquistavam’ fêmeas de outras tribos em batalhas”, conta Thomas Hayden, autor de Sex and War: How Biology Explains Warfare and Terrorism and Offers a Path to a Safer World (Sexo e Guerra: como a Biologia explica a guerra e o terrorismo e oferece o caminho para um mundo mais seguro, Benbella Books).

Caminhando na história do homo sapiens, a violência sexual ganhou, com gregos e romanos, a definição de prêmio para os vencedores do conflito. Só no século XIX foi considerada crime de guerra. Hoje, é condenada pelo artigo 7 do estatuto do Tribunal Penal Internacional de Haia. Mas mesmo contra toda legislação e filosofia, a humanidade assistiu a episódios tenebrosos no último século. Um dos mais populares foi a Guerra da Bósnia, na década de 90, em que soldados sérvios foram estimulados por seus generais a estuprar mulheres croatas para distrair os inimigos. No Congo, mulheres, homens e até crianças pequenas são violentadas, há anos, por grupos armados como meio de mantê-los aterrorizados e submissos. Em termos de estratégia militar, a tática, aparentemente imitada por Kadafi, é bastante eficaz. “A psicologia é a seguinte: se você mata alguém no campo de batalha, o transforma em herói. E a honra que vem disso faz seus concidadãos mais fortes. Mas o estupro só traz humilhação. Você não acaba com vidas, destrói a alma de uma sociedade”, explica Hayden.

Os filhos do inimigo – O Exército nazista havia feito um estrago enorme na União Soviética no decorrer da Segunda Guerra Mundial. Quando, finalmente, os soviéticos chegaram à Alemanha, em 1944, seu ódio pelo povo alemão era imensurável. Estima-se que 1,9 milhão de estupros tenham sido cometidos por eles na ocasião. Em 2009, o psiquiatra alemão Philipp Kuwert analisou as consequências da violência sobre 30 dessas vítimas, então na faixa dos 80 anos. “Mesmo quase seis décadas depois da guerra, 1/3 daquelas senhoras sofria de estresse pós-traumático”, conta Kuwert. “Essa é uma característica comum a vítimas de abuso sexual em zonas de conflito. Também compartilham uma média de 12 estupros por pessoa e têm seus traumas agravados por outros, consequentes da guerra, como o deslocamento forçado e a violência não-sexual”.

Quando os soldados alemães voltaram do campo de batalha e descobriram que suas mulheres tinham sido violentadas, houve uma onda de divórcios. Os índices de doenças sexualmente transmissíveis, geralmente mais comuns entre homens, se inverteram em 1945. O regime nazista decadente fez uma lei autorizando o aborto que, na época, era criminalizado. Mesmo assim, algumas mulheres decidiram seguir com a gravidez. O mesmo aconteceu na Escandinávia, onde acredita-se que os militares alemães tenham deixado 70.000 filhos (entre estupros e casos de amor). Essas crianças, apelidadas de “filhos do inimigo”, nunca conseguiram levar uma vida normal e sofreram discriminações de todos os tipos.

Na Líbia, as consequências são ainda mais funestas. Algumas tribos que compõem o país têm o hábito de matar, na maioria dos casos a pedido das próprias mulheres, as vítimas de violência sexual. Em países como o Paquistão, elas aderem ao suicídio. “Em algumas sociedades, o estupro de uma mulher é visto como o fracasso de seus parentes homens em protegê-la. E existe a triste visão de que a única maneira de livrar a família dessa humilhação é matar a mulher”, diz Hayden. Neste ponto da entrevista, ele para e comenta: “Não só é a arma mais antiga, mas a mais cruel já inventada pelo homem. Que sociedade pode sobreviver à culpa de ter matado suas próprias mulheres?”.

Fonte: (Nana Queiroz) http://veja.abril.com.br

Cardozo evita comentar reintegração de Delúbio ao PT








Sub-relator da CPI dos Correios, que apurou o escândalo do mensalão, o ex-deputado e atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, evitou comentar, na manhã deste sábado, a reintegração ao PT do ex-tesoureiro Delúbio Soares. Delúbio foi expulso do partido depois de assumir sozinho a responsabilidade pelo esquema de caixa 2 e financiamento ilegal de campanhas eleitorais.

"É uma decisão partidária, não participei da reunião do diretório, nem poderia fazê-lo. A decisão foi tomada pela maioria dos membros do diretório e tem que ser respeitada por todos os petistas", disse Cardozo, que participou do lançamento da Casa de Direitos, iniciativa conjunta dos governos estadual e federal para oferecer serviços de acesso à Justiça na Cidade de Deus (zona oeste do Rio), uma das comunidades com Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

Por 60 votos a favor, 15 contrários e duas abstenções, a refiliação de Delúbio foi aprovada ontem pelo diretório nacional petista. Cardozo também comentou a troca do comando nacional do PT, com a saída do sergipano José Eduardo Dutra, que será substituído pelo paulista Rui Falcão. "Nós no PT não dividimos nossas discussões e polêmicas por Estados. Temos nossas correntes internas que não passam por cortes regionais. Não vejo fortalecimento do PT paulista", disse Cardozo.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Restaurante popular fecha as portas na região central de Curitiba


As opções de almoço da comunidade carente do centro de Curitiba estão mais reduzidos. Nesta sexta-feira (29), foi servida a última refeição no restaurante popular mantido até então pelas empresas privadas Spaipa e Puras, em parceria com a Secretaria Especial de Relações com a Comunidade do Paraná (Serc-PR). O local oferecia almoços pelo preço de R$ 1,00.

De acordo com o coordenador administrativo da Secretaria, Edson Arantes, o motivo seria o encerramento do convênio da Spaipa, que decidiu não mantê-lo. “O Estado quis muito a manutenção do convênio, mas a empresa preferiu partir para outros projetos”, explica.

A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Spaipa, que, em nota oficial, alegou que “o projeto se encerra com as metas estabelecidas cumpridas, tendo servido, com qualidade e por cinco anos, mais de 284 mil refeições, oferecendo à população carente alimentação saudável a um preço acessível”.

O texto ainda afirma que o Brasil passou por diversas transformações, inclusive a diminuição do número de pessoas ameaçadas pela fome e que o projeto tinha como objetivo atender a população carente apenas de forma emergencial. A empresa ressalta que fará novos investimentos em programas que colaborem diretamente para o crescimento econômico da sociedade e para criação de oportunidades e renda de forma mais abrangente nas comunidades beneficiadas, priorizando aqueles que promovam o desenvolvimento sustentável.

Outro motivo para o fechamento do restaurante seria a dificuldade de transporte dos alimentos pela Puras, já que as refeições eram feitas em outro estabelecimento da empresa que também teria sido fechado. No entanto, a empresa não confirmou esta informação e, também por meio de uma nota oficial, informou que “na impossibilidade de permanecer com este projeto, a empresa se diponibiliza a colaborar com outras empresas, entidades e governos em projetos que atuem de forma semelhante junto às comunidades”.

Para atender os usuários do Restaurante Prato Popular, a Serc-PR fez um pedido à Prefeitura Municipal de Curitiba para que eles sejam recbidos no Restaurante Popular da Praça Rui Barbosa, mantido pelo órgão, já que a Secretaria não tem expectativa de iniciar outro projeto como esse.

Mesmo assim, a partir de segunda-feira (2), muita gente ficará sem a refeição popular, como é o caso da comerciante Marlene Lucia Bernardi. “O que eu mais queria é que não fechassem o restaurante porque eu almoçava lá todo dia. Como eu vendo pipoca aqui no Passeio Público, era só atravessar a rua e já estava ali. Agora só vou poder ir à Rui Barbosa nas segundas-feiras e nos outros dias só vou comer um lanche, que é o que dá para pagar com R$ 1,00”.

Além da distância, outra dificuldade seria a própria capacidade do Restaurante Popular da Praça Rui Barbosa. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, não haverá aumento no número de refeições oferecidas nesta unidade, que é de duas mil por dia.
Fonte: ( Ana Carolina Bendlin) (http://migre.me/4oHfI)

MP abre caminho para privatizar Correios



A Medida Provisória (MP) 532, assinada ontem pela presidente Dilma Rousseff e publicada hoje no Diário Oficial da União, abre caminho para a privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), na opinião da bancada do PSDB na Câmara dos Deputados. Avaliação feita pela assessoria técnica dos deputados tucanos aponta dois artigos da MP 532 como indícios de que o governo federal pretende privatizar a estatal.

Segundo a assessoria, mudanças em artigos do Decreto-Lei 509/69, feitas pela MP 532, passam a exigir uma Assembleia Geral na ECT e ainda aplicam o próprio decreto à Lei 6.404/76, a qual regulamenta as Sociedades Anônimas (S.A.s). "Os artigos só se justificam para uma empresa com conselho de administração, privada, ou mesmo uma pública de capital aberto, como a Petrobras", disse o líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP). "É um passo para privatização."

Nogueira afirmou não ter nada contra a privatização da ECT, o que modernizaria a estatal na avaliação dele, mas considerou a medida uma "incoerência do PT". "O PT prega uma coisa e faz outra; os artigos vão na contramão do que a presidente Dilma prometeu durante a campanha e é um cheque em branco para o governo primeiro abrir o capital para depois privatizar os Correios", concluiu.

O parlamentar criticou ainda o fato de as mudanças nos Correios serem publicadas em uma MP cuja parte inicial versa sobre alterações na política nacional de bicombustíveis. "É mais uma MP 'Frankenstein', uma árvore de Natal com uma bola de cada cor."

Dilma nomeia petista para presidência da Funasa

Fundação administra um orçamento de R$ 4,7 bilhões e desde 2005 era controlada pelos peemedebistas

Depois de quatro meses de uma intensa disputa com o PMDB, o PT tomou do aliado a presidência da Fundação Nacional da Saúde (Funasa). A presidente Dilma Rousseff nomeou para o cargo o engenheiro Gilson Queiroz Filho, ligado ao ex-ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social). A Funasa administra um orçamento de R$ 4,7 bilhões e desde 2005 era controlada pelos peemedebistas.
Em compensação, o PMDB assegurou lugar na diretoria da fundação para dois de seus afilhados: Ruy Gomide, indicado pela bancada goiana, e Marcos Mofarrej, pela do Rio de Janeiro. Os dois chegaram a ser lembrados pelos dirigentes peemedebistas para ocupar a presidência da Funasa, mas a presidente Dilma decidiu fazer um agrado a Patrus, a quem ainda não contemplou com nenhum cargo.
Maior defensor do PMDB na presidência da Funasa, o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), desistiu da disputa com o PT, embora tenha retardado as mudanças por quatro meses. Admitiu que se envolveu numa luta desigual. Alves pensou também no futuro. Ele deverá ser candidato a presidente da Câmara para o biênio 2013/2015. Nesse caso, é importante não desagradar nem a presidente da República nem os petistas.
Com o recuo na briga pela presidência da Funasa, Henrique Alves garantiu de vez a manutenção de Elias Fernandes na diretoria-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). Fernandes está no posto desde o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, por indicação de Henrique Alves. O cargo dele, como o do presidente da Funasa, era um dos mais cobiçados. O PSB o reivindicou para o partido; o PT também. Mas, nesse caso Dilma manteve o PMDB à frente da autarquia.

Fonte Agencia Estado

Ministro do STJ manda soltar promotora e marido

Casal está preso desde o dia 20 na Superintendência da PF em Brasília. Promotora é acusada de vínculo com esquema de mensalão. Ela nega

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Napoleão Nunes Maia Filho determinou nesta quinta-feira (28) que sejam libertados a promotora de Justiça Deborah Guerner e o marido dela, Jorge Guerner.
O casal está preso desde a última quarta-feira (20) na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

A promotora é investigada em pelo menos três processos relacionados ao suposto esquema de corrupção envolvendo membros do Executivo e Legislativo do Distrito Federal, conhecido como mensalão do DEM. Ela nega participação.
Ela também é suspeita de forjar insanidade mental para não responder processo em que é acusada de corrupção.
A decisão do ministro do STJ será enviada ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que determinou a prisão preventiva do casal. Depois disso, o tribunal deverá informar a Polícia Federal para que solte a promotora e o marido.
Guerner e o marido foram presos ao retornar de uma viagem à Itália. No pedido de prisão, o Ministério Público argumentou que eles não poderiam se ausentar do país sem autorização judicial.
Na decisão, o ministro afirmou que o casal não estava impedido de sair do país e também poderia se negar a comparecer diante do procurador do MP caso não estivessem em Brasília.
“Sempre confiei no Judiciário. Se ele eventualmente é levado a erro, ele se corrige. Os direitos fundamentais foram respeitados”, afirmou o advogado do casal, Pedro Paulo de Medeiros.
Na decisão, o ministro entendeu que a suspeita de forjar laudos para simular insanidade não interfeririam no processo, porque os mesmos laudos foram analisados por peritos oficiais.

Fonte Globo.com

Justiça condena ex-governador de Roraima a 16 anos de prisão

Neudo Campos é acusado de suposto desvio de dinheiro. Cabe recurso. Advogado de Campos diz que vai recorrer assim que tiver acesso à decisão

O juiz Helder Barreto da 1ª Vara da Justiça Federal de Roraima condenou a 16 anos de prisão, em regime fechado, o ex-governador de Roraima Neudo Campos. Ele é acusado de crimes contra a administração pública quando era governador do estado. Cabe recurso à decisão.
O advogado do ex-governador, Marcelo Bessa, afirmou que vai recorrer assim que tiver acesso à íntegra da decisão. Ele nega as acusações e afirma que o juiz não teria condições de julgar o caso.

“Não tem nenhuma prova que pudesse levar a essa condenação e menos ainda a esse grau elevado de pena. O que posso dizer nesse momento é que o juiz não tem isenção suficiente para julgar o caso”, afirmou Bessa.
A decisão é desta quarta -feira (27). Na ação, Neudo foi acusado na Operação Praça do Egito, da Polícia Federal, deflagrada em 2003, que detectou indícios de um desvio de R$ 70 milhões a partir da colocação de pelo menos 40 funcionários fantasmas na folha de pagamento de órgãos do governo local.
Derrotado na disputa pelo governo do estado nas últimas eleições, Campos tenta na Justiça assumir o cargo do atual governador, José Anchieta Júnior (PSDB). Ele foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR), mas se manteve no cargo a partir de liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A denúncia de usar a rádio Roraima, veículo do governo local, para fazer propaganda eleitoral, que resultou na cassação de Anchieta Júnior – foi apresentada à Justiça Eleitoral por Neudo Campos.
O ex-governador é investigado em mais de 20 inquéritos e ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF). Entre as acusações estão peculato, compra de votos e corrupção eleitoral. Em agosto de 2010, ele renunciou ao cargo de deputado federal.
Em nota enviada à imprensa na ocasião, Campos afirmou que renunciava ao cargo para ficar mais tempo no estado e dedicar-se à sua candidatura ao governo de Roraima. Com a renúncia, Campos perdeu o foro privilegiado e as ações contra ele desceram para instâncias inferiores, o que poderia causar atraso na conclusão dos processos.

Fonte Globo.com

Gabinete de Rossoni tinha funcionária fantasma





Mãe de diretor da Assembleia, braço-direito do presidente da Casa, constava em lista de servidores sem nunca ter trabalhado no Legislativo


Um documento obtido com exclusividade pela Gazeta do Povo revela que uma funcionária fantasma foi contratada por quase três anos, entre 2003 e 2005, no gabinete do deputado Valdir Rossoni (PSDB) – que hoje preside a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). O parlamentar nega a acusação. Nesse período, a Casa depositou R$ 331,5 mil como salário numa conta do banco Itaú, cujo titular ainda não foi identificado.
A funcionária fantasma é Hellena Luiza Valle Daru. Foi ela quem admitiu à Receita Federal que jamais esteve na Assembleia e que nunca recebeu “um centavo” da Casa. Hellena é mãe de Altair Carlos Daru, o homem de confiança de Rossoni. Daru é funcionário do deputado há cerca de dez anos e foi alçado a diretor administrativo da Assembleia quando Rossoni assumiu a presidência do Poder Le­­gislativo, em fevereiro deste ano. Após a divulgação de mais um escândalo na Alep, Altair Daru foi demitido ontem por Rossoni.
O caso de Hellena Daru começou a ser desvendado em fevereiro deste ano quando ela assinou um documento e encaminhou à Re­­ceita Federal dizendo que nunca trabalhou na Assembleia Legis­­lativa. “Jamais mantive laços laborais com o dito órgão público” e “não percebi vencimentos oriundos da Assembleia”, escreveu Hellena no documento.
As declarações dela, no entanto, não batem com as informações da Receita Federal nem com os Diários Oficiais da Assembleia. Em agosto de 2005, a Assembleia divulgou um diário avulso que trazia o Ato da Comissão Executiva 365/05 exonerando Hellena de um cargo em comissão do gabinete de Rossoni.
De acordo com a Receita, ela teria sido admitida em janeiro de 2003 – foi nesta data que a Assembleia começou a reter o Imposto de Renda da funcionária Hellena Daru. Durante quase três anos, a Casa declarou ao Fisco o pagamento de salários para Helle­­na, mas ela nunca informou ter recebido dinheiro do Legis­­­lativo.
Os salários começaram polpudos. Ela entrou em janeiro de 2003 com um salário de R$ 10 mil. Já no mês seguinte pulou para R$ 25 mil mensais – valor mantido até abril. E de maio a dezembro houve redução para R$ 12,5 mil. “Não re­­­cebi dinheiro, não trabalhei lá, não tenho parte com isso”, reagiu Hellena, ontem, em entrevista à Gazeta do Povo (leia abaixo).
As declarações de Hellena Daru foram remetidas para o Ministério Público Federal (MPF), que investigava uma suposta organização criminosa que falsificaria declarações de Imposto de Renda para desviar a restituição do tributo de funcionários laranjas e fantasmas da Assembleia. Mas Hellena Daru não foi alvo da investigação porque os procuradores da República apuravam apenas casos em que as declarações ao Fisco eram falsificadas – o que não é o caso dela, que sequer apresentou os rendimentos oriundos da Assembleia.
Na terça-feira passada, a Recei­­­ta, o MPF e a Polícia Federal deflagraram a Operação Tubarão, que resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão na Assembleia do Paraná e em quatro outros endereços em Curitiba. A suspeita é que cerca de 120 funcionários fantasmas e laranjas tenham sido usados no esquema.
Muitos dos investigados foram mostrados pela Gazeta do Povo na série Diários Secretos, que revelou desvio de dinheiro dos cofres da Assembleia e resultou na prisão de três ex-diretores da Casa. A operação da PF desta semana expôs mais um escândalo envolvendo o Legislativo do Paraná.
Presidente do Legislativo nega fraude e demite diretor
O presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni, decidiu ontem demitir o diretor administrativo da Casa, Altair Carlos Daru, após ser informado sobre a denúncia de que manteve uma funcionária fantasma por quase três anos. A servidora era a mãe de Altair, Hellena Daru. Rossoni garantiu que nunca solicitou a contratação e a demissão dela e que Hellena não foi funcionária de seu gabinete.
Altair Daru foi o homem forte de Rossoni nos últimos dez anos. “É uma demonstração de lisura dessa administração. É uma precaução, não é um prejulgamento”, justificou o tucano, adiantando que, se nada for comprovado, Daru será readmitido para o cargo. O novo diretor administrativo da Casa deve ser anunciado na semana que vem.
Bagunça
Rossoni não soube explicar como a funcionária foi demitida do gabinete dele e responsabilizou a desorganização das gestões passadas. “A Casa contratava funcionários e colocava no gabinete dos deputados. As contratações e demissões aconteciam sem o conhecimento dos parlamentares porque não se exigia nenhum controle”, disse, afirmando que hoje a população sabe quem entra e sai na Assembleia.
Na terça-feira, dia da Operação Tubarão – que investigou o desvio de restituição de Imposto de Renda de funcionários fantasmas no Legislativo – Rossoni havia determinado ao procurador-geral da Assembleia, Luiz Caldas, que abrisse um procedimento para averiguar as denúncias.
Caldas explicou ontem que o protocolo citado no ato de exoneração de Hellena não existe. “O Protocolo 5.443, que está no Diário Oficial, não trata da demissão da Hellena Daru. Este protocolo é sobre o pagamento de uma passagem aérea ao [ex] deputado Pedro Ivo”, disse o procurador.
Ele afirmou ainda que consultou todos os protocolos do dia 20 de julho de 2005, data que consta no ato que exonerou Hellena Daru, mas nada teria sido encontrado, de acorodo com o procurador. “Os documentos mostram uma total desorganização da Casa, que cita um protocolo que não existe. O protocolo citado neste Diário Oficial não tem qualquer relação com a exoneração”, afirmou Caldas.
O diretor Altair Carlos Daru foi procurado ontem pela Gazeta do Povo, mas o seu telefone celular estava desligado.

Fonte Gazeta do Povo

domingo, 24 de abril de 2011

Deus nos livre de um Brasil evangélico?


Ricardo Gondim: “Fui eleito o herege da vez”

Publicado por Jarbas Aragão em 23 de abril de 2011, sábado. Às 09:00, dentro de Crentes no lance (via PavaBlog)

Texto de Gerson Freitas Jr. publicado originalmente na Carta Capital

Deus nos livre de um Brasil evangélico?’ Quem afirma é um pastor, o cearense Ricardo Gondim. Segundo ele, o movimento neopentecostal se expande com um projeto de poder e imposição de valores, mas em seu crescimento estão as raízes da própria decadência. Os evangélicos, diz Gondim, absorvem cada vez mais elementos do perfil religioso típico dos brasileiros, embora tendam a recrudescer em questões como o aborto e os direitos homossexuais. Aos 57 anos, pastor há 34, Gondim é líder da Igreja Betesda e mestre em teologia pela Universidade Metodista. E tornou-se um dos mais populares críticos do mainstream evangélico, o que o transformou em alvo. “Sou o herege da vez”, diz na entrevista a seguir.

Carta Capital: Os evangélicos tiveram papel importante nas últimas eleições. O Brasil está se tornando um país mais influenciável pelo discurso desse movimento?

RG: Sim, mesmo porque, é notório o crescimento no número de evangélicos. Mas é importante fazer uma ponderação qualitativa. Quanto mais cresce, mais o movimento evangélico também se deixa influenciar. O rigor doutrinário e os valores típicos dos pequenos grupos de dispersam, e os evangélicos ficam mais próximos do perfil religioso típico do brasileiro.

CC: Como o senhor define esse perfil?

RG: Extremamente eclético e ecumênico. Pela primeira vez, temos evangélicos que pertencem também a comunidades católicas ou espíritas. Já se fala em um “evangelicalismo popular”, nos modelos do catolicismo popular, e em evangélicos não praticantes, o que não existia até pouco tempo atrás. O movimento cresce, mas perde força. E por isso tem de eleger alguns temas que lhe assegurem uma identidade. Nos Estados Unidos, a igreja se apega a três assuntos: aborto, homossexualidade e a influência islâmica no mundo. No Brasil, não é diferente. Existe um conservadorismo extremo nessas áreas, mas um relaxamento em outras. Há aberrações éticas enormes.

CC: O senhor escreveu um artigo intitulado “Deus nos Livre de um Brasil Evangélico”. Por que um pastor evangélico afirma isso?

RG: Porque esse projeto impõe não só a espiritualidade, mas toda a cultura, estética e cosmovisão do mundo evangélico, o que não é de nenhum modo desejável. Seria a talebanização do Brasil. Precisamos da diversidade cultural e religiosa. O movimento evangélico se expande com a proposta de ser a maioria, para poder cada vez mais definir o rumo das eleições e, quem sabe, escolher o presidente da República. Isso fica muito claro no projeto da igreja Universal. O objetivo de ter o pastor no Congresso, nas instâncias de poder, pode facilitara expansão da igreja. E, nesse sentido, o movimento é maquiavélico. Se é para salvar o Brasil da perdição, os fins justificam os meios.

CC: O movimento americano é a grande inspiração para os evangélicos no Brasil?

RG: O movimento brasileiro é filho direto do fundamentalismo norte-americano. Os Estados Unidos exportam seu american way of life de várias maneiras, e a igreja evangélica é uma das principais. As lideranças daqui Ieem basicamente os autores norte-americanos e neles buscam toda a sua espiritualidade, teologia e normatização comportamental. A igreja americana é pragmática, gerencial, o que é muito próprio daquela cultura. Funciona como uma agência prestadora de serviços religiosos. de cura, libertação, prosperidade financeira. Em um país como o Brasil, onde quase todos nascem católicos, a igreja evangélica precisa ser extremamente ágil, pragmática e oferecer resultados para se impor. É uma lógica individualista e antiética. Um ensino muito comum nas igrejas é de que Deus abre portas de emprego para os fiéis.

Eu ensino minha comunidade a se desvincular dessa linguagem. Nós nos revoltamos quando ouvimos que algum político abriu uma porta para o apadrinhado. Por que seria diferente com Deus?

CC: O senhor afirma que a igreja evangélica brasileira está em decadência, mas o movimento continua a crescer.

RG: Uma igreja que, para se sustentar, precisa de campanhas cada vez mais mirabolantes, um discurso cada vez mais histriônico e promessas cada vez mais absurdas está em decadência. Se para ter a sua adesão eu preciso apelar a valores cada vez mais primitivos e sensoriais e produzir o medo do mundo mágico, transcendental, então a minha mensagem está fragilizada.

CC: Pode-se dizer o mesmo do movimento norte-americano?

RG: Muitos dizem que sim, apesar dos números. Há um entusiasmo crescente dos mesmos, mas uma rejeição cada vez maior dos que estão de fora. Hoje, nos Estados Unidos, uma pessoa que não tenha sido criada no meio e que tenha um mínimo de senso crítico nunca vai se aproximar dessa igreja, associada ao Bush, à intolerância em todos os sentidos, ao Tea Party, à guerra.

CC: O senhor é a favor da união civil entre homossexuais?

RG: Sou a favor. O Brasil é uni país laico. Minhas convicções de fé não podem influenciar, tampouco atropelar o direito de outros. Temos de respeitar as necessidades e aspirações que surgem a partir de outra realidade social. A comunidade gay aspira por relacionamentos juridicamente estáveis. A nação tem de considerar essa demanda. E a igreja deve entender que nem todas as relações homossexuais são promíscuas. Tenho minhas posições contra a promiscuidade, que considero ruim para as relações humanas, mas isso não tem uma relação estreita com a homossexualidade ou heterossexualidade.

CC: O senhor enfrenta muita oposição de seus pares?

RG: Muita! Fui eleito o herege da vez. Entre outras coisas, porque advogo a tese de que a teologia de um Deus títere, controlador da história, não cabe mais. Pode ter cabido na era medieval, mas não hoje. O Deus em que creio não controla, mas ama. É incompatível a existência de um Deus controlador com a liberdade humana. Se Deus é bom e onipotente, e coisas ruins acontecem., então há aluo errado com esse pressuposto. Minha resposta é que Deus não está no controle. A favela, o córrego poluído, a tragédia, a guerra, não têm nada a ver com Deus. Concordo muito com Simone Weil, uma judia convertida ao catolicismo durante a Segunda Guerra Mundial, quando diz que o mundo só é possível pela ausência de Deus. Vivemos como se Deus não existisse, porque só assim nos tornamos cidadãos responsáveis, nos humanizamos, lutamos pela vida, pelo bem. A visão de Deus como um pai todo-poderoso, que vai me proteger, poupar, socorrer e abrir portas é infantilizadora da vida.

CC: Mas os movimentos cristãos foram sempre na direção oposta.

RG: Não necessariamente. Para alguns autores, a decadência do protestantismo na Europa não é, verdadeiramente, uma decadência, mas o cumprimento de seus objetivos: igrejas vazias e cidadãos cada vez mais cidadãos, mais preocupados com a questão dos direitos humanos, do bom trato da vida e do meio ambiente.

Acusado em escândalo vira assessor da Receita


O novo secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, nomeou para sua assessoria pessoal um colega que responde a processo por supostos atos de improbidade administrativa, num caso que foi escândalo anos atrás. Ronaldo Medina é apontado pelo Ministério Público (MP) como um dos responsáveis por uma norma técnica supostamente destinada a facilitar a importação de máquinas de jogos de azar, que é proibida no País.

Medina foi nomeado para a assessoria de Carlos Alberto Barreto no dia 25 de março. Ex-secretário da Fazenda do Distrito Federal no governo de José Roberto Arruda, ele já tinha ocupado outros cargos de destaque no Fisco. Agora, será um dos homens de confiança do secretário da Receita e terá contato com as discussões mais importantes do País em matéria tributária. "Esse processo do Ministério Público contra mim é um erro", diz Medina.

O secretário da Receita respondeu, por meio de nota, que as investigações internas não encontraram "motivação suficiente" para arrolar Medina e que, apesar da acusação do MP, não seria justo impedir sua nomeação "pois deve prevalecer a presunção de inocência até que ocorra a manifestação final do mérito na esfera judicial".

No centro da confusão está a Solução de Consulta 9 (SC 9) - norma técnica produzida na área então chefiada por Medina, no final de 2002. Segundo o MP, essa norma enquadrava máquinas de jogos - como videopôquer e videobingo - na mesma categoria dos computadores, para fim de importação. Teria sido feita sob medida para empresários do ramo de jogos, que a usaram na tentativa de liberar máquinas apreendidas no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. A tentativa falhou porque fiscais do Rio não aceitaram o teor da SC 9 e o caso virou escândalo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sábado, 23 de abril de 2011

Criança boa de bola....

Graças a Gilmar Mendes, foge do país médico condenado a 278 anos por violentar 37 mulheres


O médico Roger Abdelmassih, de 67 anos, já está no Líbano, segundo a Folha. E por lá deve ficar porque tem origem libanesa e o Brasil não tem tratado de extradição com o Líbano. E isso poderia ter sido evitado, caso o ministro Gilmar Mendes não concedesse o habeas corpus que o tirou da cadeia.

O médico estava preso, aguardando recurso de sua defesa diante da sentença que o condenou a 278 anos de cadeia por violentar 37 mulheres (suas pacientes, o que agrava os crimes) entre 1995 e 2008. E aguardava preso porque a Polícia Federal informou que ele tentava renovar seu passaporte. A juíza Kenarik Boujikian Felippe determinou que ele fosse preso para evitar sua fuga do país.

Seu advogado recorreu. Disse que Roger Abdelmassih não pretendia fugir do país, só estaria renovando o passaporte...

Sem ao menos perguntar ao advogado por que um homem de 67 anos condenado a 278 anos de cadeia renovaria o passaporte (seria um novo Matusalém?), Gilmar Mendes mandou soltar o passarinho, que agora vai passear sua impunidade no exterior, até que a morte o separe da boa vida.

Por essas e outras, crimes contra as mulheres acontecem diariamente no país. Há o caso notório do jornalista Pimenta Neves, que matou fria e covardemente sua ex-namorada, a jornalista Sandra Gomide, e passeia sua impunidade, após ter destruído as vidas de Sandra e de sua família.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Eu jamais contrataria uma anã para trabalhar em minha casa, pois não me sentiria à vontade.

O nanismo é a condição genética que diminui a altura média de um indivíduo.

Na literatura infantil, os anões aparecem freqüentemente nos mitos e lendas nórdicas e germânicas, onde são vistos como tendo seus próprios chefes e atribuições diversas; não são belos, mas têm inteligência superior. Muitos deles dizem que "conhecem o futuro" e usam grandes barbas.

Segundo a história, os primeiros anões que se reuniram em parceria formaram um grupo nórdico, chamados de "Filhos de Ivaldi".

Mas os mais famosos anões, até hoje, foram os sete companheiros de Branca de Neve (em alemão Schneewittchen). Trata-se de um conto de fadas originário da tradição alemã, que foi compilado pelos Irmãos Grimm e publicado entre os anos de 1812 e 1822, num livro com vários outros contos, intitulado "Kinder-und Hausmaërchen" ("Contos de Fada para Crianças e Adultos").

Esses sete anões - que foram eternizados também por Walt Disney - são Soneca, Dengoso, Dunga, Feliz, Atchim, Mestre e Zangado. Foi um deles que - num carinhoso ambiente familiar, em Ijuí, no interior do RS, nos anos 60 - inspirou o apelido dado a Carlos Caetano Bledorn Verri, treinador e ex-futebolista brasileiro que atuava como volante. Atualmente ele está sem clube.

O Dunga gaúcho foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.Mas na Copa do Mundo do ano passado conseguiu aborrecer milhões de brasileiros.

O caso judicial envolvendo uma anã no RS e uma senhora da classe alta porto-alegrense foi muito diferente. Discriminada por sua condição física por ser portadora de nanismo, ela obteve na Justiça o direito de ser reparada financeiramente por danos morais.

Candidata a uma vaga como doméstica e rejeitada por ser anã, ela receberá da ofensora Marize Sirotsky a importância de R$ 7.650,00. A decisão é da 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, mantendo condenação aplicada pelo juiz Fernando Jardim Porto, da 5ª Vara Cível de Porto Alegre.

Pelos critérios do julgado, a condenação chega hoje a R$ 11.942,21 - mais a honorária sucumbencial de 15% (R$ 1.791,33), atribuída ao advogado Cristiano Rodrigo Kruger Sartori.

A autora da ação contou que, acompanhada de sua cunhada, dirigiu-se para a entrevista de emprego. No elevador as duas encontraram-se com Marize Sirotsky, que conversava com a cunhada, pensando se tratar da candidata. Ao saber que se dirigia à pessoa errada, a eventual patroa afirmou que "eu jamais contrataria uma anã para trabalhar em minha casa, pois não me sentiria à vontade - e meus filhos não aceitariam".

O incidente ocorreu em um prédio comercial da Avenida Carlos Gomes, em Porto Alegre, onde a pretendente empregada e a eventual patroa se encontraram para se conhecerem. Houve desdobramentos policiais e até o síndico terminou participando.

A versão foi confirmada por testemunhas, bem como o interesse na contratação, inclusive com pedido de referências sobre a pretendente à vaga. Entre as testemunhas a favor da pretendente à vaga depôs o advogado José Horácio Gattiboni, ex-conselheiro seccional da OAB-RS.

A sentença considerou que o ato gerou consequências e não meros dissabores, considerando caracterizado o dano moral. A ré negou os fatos e interpôs apelação no Tribunal de Justiça.

O recurso foi relatado pelo desembargador Paulo Roberto Lessa Franz. O julgado do TJ gaúcho concluiu que "a atitude da ré, dotada de preconceito e de nítido conteúdo discriminatório em razão da autora ser portadora de nanismo, revela conduta reprovável e, a toda evidência, causou humilhação e imensurável abalo à honra e à imagem da autora, bens personalíssimos, merecedores de proteção jurídica".

Ainda não há trânsito em julgado. (Proc. nº 70038576906)

Fonte: JusBrasil (http://migre.me/4jiqh) (Extraído de: Espaço Vital )

É cruel trazer uma criança ao mundo com uma etiqueta de cor azul ou rosa na testa


Pop, a criança que decidirá livremente sua sexualidade

Para o mundo que eu quero descer! Pop é uma criança de quase quatro anos que vive na Suécia sem que ninguém saiba o seu sexo. Seus pais negam-se a revelar, já que acham que o sexo é uma construção cultural e social. Em uma entrevista para o jornal sueco Svenska Dagbladet, a mãe da criança comentou: “É cruel trazer uma criança ao mundo com uma etiqueta de cor azul ou rosa na testa.”

Nora e Jonathan, ambos de 24 anos, tomaram a decisão de quando seu bebê nascesse, de manter seu gênero em segredo. Além de uns poucos -aqueles que trocaram as fraldas- ninguém sabe o sexo de Pop, e se alguém pergunta, os pais simplesmente se negam a dizê-lo.

Os pais dizem que querem evitar estereótipos e por isso deixam escolher os brinquedos, o penteado e sua roupa de um armário com uma grande variedade de cores e tipos. Em alguns dias veste calças e em outros um vestido. Os pais de Pop para referir-se a ele não utilizam pronomes e querem manter uma educação neutra e com toda liberdade.

Para alguns psicólogos isto não passa de uma experiência cujo resultado é imprevisível. Reinventar radicalmente o papel do gênero na educação dos filhos, realizar uma interpretação literal e dogmática da liberação sexual como a realizada por este casal pode ser muito perigoso.

Em agosto, Nora teve outro(a) filho (a) que será educado da mesma forma que Pop. Ou seja agora Pop não é a única criança sem (?) sexo do mundo.

Fonte: (Sergio Pavarini e Metamorfose Digital)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Malásia envia jovens afeminados a acampamento de reeducação para que desistam de ser gays


PEQUIM - Um grupo de cerca de 60 adolescente classificados como de "inclinações afeminadas" foi enviado pelas Autoridades de Educação do estado de Terengganu, no noroeste da Malásia, a um acampamento de reeducação e treinamento para fomentar sua masculinidade e dissuadi-los de serem gays. A medida provocou a ira de grupos de defesa dos direitos homossexuais e críticas da ministra da Mulher, Família e Desenvolvimento das Comunidades, Sharizat Abdul Jalil, que qualificou a iniciativa como ilegal e traumatizante para os meninos. Ela pediu o fim destes programas. A informação foi publicada pelo site do jornal espanhol El Pais.

Os meninos, de 13 anos foram escolhidos para fazer um curso de quatro dias de duração, disse o diretor de Educação do estado, Razali Daud, ao jornal local New Strait Times. Razali negou tenham sido obrigados a assistir ao curso, encerrado na quarta-feira, que incluía aulas de religião e motivação, além de assessoramento físico. Ele disse que os adolescentes foram "convidados" a participar e que após o curso, seriam supervisionados por seus orientadores.

- Não é uma cura da noite para o dia - disse. Não podemos forçar os meninos que mudem, mas queremos fazer com que conheçam suas opções na vida. Alguns jovens afeminados acabam como travestis ou homossexuais. Queremos fazer tudo o que for possível para limitar isso - disse Razali.

NO CINEMA: Primeiro filme gay da Malásia gera lucro em cinco dias

Grupos que defendem a igualdade de gêneros repudiaram a iniciativa, afirmando que tais acampamentos "incitam a homofobia e o preconceito, e violam os direitos das pessoas que são percebidas como diferentes".

A ministra Sharizat Abdul Jalil acrescentou que a situação pode gerar danos psíquicos aos meninos.

A homossexualidade é tratada como tabu na Malásia, país majoritariamente muçulmano, e onde o sexo entre homens é considerado ilegal. A sodomia é castigada com penas que podem chegar a 20 anos. No entanto, a lei é aplicada eventualmente de forma aleatória, embora em alguns estados, as pessoas que se travestem em público sejam punidas com prisão.

Esta é a primeira vez que Terengganu, um estado conservador, conhecido por suas ilhas de água cor turquesa, implanta este programa, embora no passado já tenha incentivado iniciativas para promover a moralidade muçulmana, como oferecer luas de mel grátis para salvar casamentos em crise.

Fonte: O Globo

Tem aluno muito burro!!! Escola demite funcionária que trabalhava como atriz pornô






Seu trabalho veio à tona após estudante assistir a um de seus filmes.

Escola perto da cidade de Quebec anunciou demissão na semana passada.

Após ser suspensa, a canadense Julie Gagnon, conhecida pelo nome de Samantha Ardente, foi demitida de uma escola no Canadá depois que um aluno descobriu que ela trabalhava secretamente como atriz pornô, segundo a imprensa canadense.

A vida dupla de Samantha veio à tona após o estudante pedir um autógrafo para a estrela pornô.

O adolescente tinha assistido a um de seus filmes adultos. A mulher teria pedido para o aluno manter em segredo sua atividade como atriz pornô.

Mas, em vez disso, o jovem empolgado contou a história para seus amigos, que acabaram informando o caso para a escola. Inicialmente, a direção da escola suspendeu a funcionária, já que ela havia se tornado uma celebridade entre os estudantes.

Ardente foi demitida da escola Etchemins, perto da cidade de Quebec, na semana passada. A atriz pornô chegou a entrar na Justiça para tentar reverter a decisão, mas, após fama mundial, fez um ensaio para a revista erótica Summum.

Fonte: Do G1, em São Paulo

Mau funcionamento da flora intestinal pode contribuir para obesidade


Pesquisa afirma que bactérias do intestino variam de pessoa para pessoa


A flora intestinal é composta por 100 bilhões de micróbios. Agora, cientistas do Laboratório Europeu de Biologia Molecular, na Alemanha, descobriram que existem três famílias diferentes de organismos no intestino humano. A pesquisa, publicada na Nature, conclui que a tendência a obesidade pode estar diretamente ligada a essa diversidade e ainda ressalta que o tipo intestinal nada tem a ver com a etnia de cada pessoa.

Cada tipo de bactéria age de forma distinta no corpo humano. Isso justifica, por exemplo, a famosa tendência a engordar. Enquanto algumas pessoas podem comer sem se preocupar com a balança, outras ganham peso com muito mais facilidade, ainda que busquem se alimentar de forma saudável.

Para a equipe de pesquisadores, liderada por Peer Bork, alguns micróbios têm dificuldade em converter comida em energia. Sua eficiência depende da família a qual pertence. Segundo os cientistas, existem três tipos de bactérias no intestino: as Bacteroides, a Prevotella e a Ruminococcus.

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) participou do estudo, que aconteceu em parceria com uma série de instituições europeias. Dezenas de pessoas participaram da pesquisa, mas o trabalho será repetido com outros 400 voluntários.

Fonte: http://veja.abril.com.br


Caso da Promotora Presa e Psicotécnico em Concursos Públicos


Está ocupando a pauta de boa parte dos veículos de comunicação a prisão preventiva da Promotora Deborah Guerner, decretada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. E neste contexto, um assunto que também vem ganhando repercussão consiste da denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra o médico psiquiatra Luis Altenfelder Silva Filho.

Segundo os termos da denúncia, que envolve a acusação de fraude processual, o médico teria orientado detalhadamente a Promotora para que esta enganasse a junta médica à qual seria submetida. O objetivo seria obter laudo reconhecendo a incapacidade psíquica para a permanência no cargo, o que além da aposentadoria por invalidez poderia afastar sanções de natureza administrativa, considerando as acusações imputadas.

Diante deste cenário, o questionamento que jogo à reflexão é o seguinte: se as orientações de um psiquiatra podem enganar uma junta médica, para efeito de avaliação de sanidade mental, qual a credibilidade do exame psicotécnico em concursos públicos?

É bem verdade que a jurisprudência vem estabelecendo parâmetros para a realização do referido procedimento, tal como previsão em lei e no edital, critérios objetivos e direito a recurso administrativo.

Porém, mesmo com tais parâmetros, como se trata de um exame puramente clínico, não seria o caso de refletir sobre a sua real eficácia para o objetivo pretendido?

Fica a ponderação…

(Fonte: Prof. Rogério Neiva)