As opções de almoço da comunidade carente do centro de Curitiba estão mais reduzidos. Nesta sexta-feira (29), foi servida a última refeição no restaurante popular mantido até então pelas empresas privadas Spaipa e Puras, em parceria com a Secretaria Especial de Relações com a Comunidade do Paraná (Serc-PR). O local oferecia almoços pelo preço de R$ 1,00.
De acordo com o coordenador administrativo da Secretaria, Edson Arantes, o motivo seria o encerramento do convênio da Spaipa, que decidiu não mantê-lo. “O Estado quis muito a manutenção do convênio, mas a empresa preferiu partir para outros projetos”, explica.
A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Spaipa, que, em nota oficial, alegou que “o projeto se encerra com as metas estabelecidas cumpridas, tendo servido, com qualidade e por cinco anos, mais de 284 mil refeições, oferecendo à população carente alimentação saudável a um preço acessível”.
O texto ainda afirma que o Brasil passou por diversas transformações, inclusive a diminuição do número de pessoas ameaçadas pela fome e que o projeto tinha como objetivo atender a população carente apenas de forma emergencial. A empresa ressalta que fará novos investimentos em programas que colaborem diretamente para o crescimento econômico da sociedade e para criação de oportunidades e renda de forma mais abrangente nas comunidades beneficiadas, priorizando aqueles que promovam o desenvolvimento sustentável.
Outro motivo para o fechamento do restaurante seria a dificuldade de transporte dos alimentos pela Puras, já que as refeições eram feitas em outro estabelecimento da empresa que também teria sido fechado. No entanto, a empresa não confirmou esta informação e, também por meio de uma nota oficial, informou que “na impossibilidade de permanecer com este projeto, a empresa se diponibiliza a colaborar com outras empresas, entidades e governos em projetos que atuem de forma semelhante junto às comunidades”.
Para atender os usuários do Restaurante Prato Popular, a Serc-PR fez um pedido à Prefeitura Municipal de Curitiba para que eles sejam recbidos no Restaurante Popular da Praça Rui Barbosa, mantido pelo órgão, já que a Secretaria não tem expectativa de iniciar outro projeto como esse.
Mesmo assim, a partir de segunda-feira (2), muita gente ficará sem a refeição popular, como é o caso da comerciante Marlene Lucia Bernardi. “O que eu mais queria é que não fechassem o restaurante porque eu almoçava lá todo dia. Como eu vendo pipoca aqui no Passeio Público, era só atravessar a rua e já estava ali. Agora só vou poder ir à Rui Barbosa nas segundas-feiras e nos outros dias só vou comer um lanche, que é o que dá para pagar com R$ 1,00”.
Além da distância, outra dificuldade seria a própria capacidade do Restaurante Popular da Praça Rui Barbosa. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, não haverá aumento no número de refeições oferecidas nesta unidade, que é de duas mil por dia.
Fonte: ( Ana Carolina Bendlin) (http://migre.me/4oHfI)
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